Alexandra Carvalho©
Como a cabeça biográfica, também modelámos a nossa mão. Este exercício foi feito mesmo antes de modelarmos a cabeça. E foi para mim uma experiência maravilhosa.
As minhas mãos de carne e osso acariciando a minha mão de barro que ia nascendo como um espelho de afetos, sob os dons e cuidados do meu toque, do contato, do encontro.
As mãos criam, dão e recebem, entrelaçam-se. São um prolongamento do coração que se expande pelos braços que abraçam e pelas mãos que precipitam o amor em doação (pelos chacras das suas palmas). Apaixonei-me pela minha própria mão :)
Dei-me a mão e caminhei comigo num diálogo silencioso, amoroso e revelador. Aprendi neste exercício o valor de saber dar a mão a mim mesma e caminhar integra, apaziguada pelo meu próprio calor e toque curador. Já não era a minha mão mas a mão da Presença do EU SOU.
A mão de Deus que vive em mim e traz a Paz sempre que a escolho...
A experiência de grupo permitiu expormos as nossas peças no final do exercício para contemplação.
Pudemos descobrir e reconhecer características e dons de cada um, só de olhar para a sua "mão": Uma mão que não para quieta e gosta de dedilhar na guitarra, uma mão que entra na terra e conhece bem a Natureza das coisas, uma mão delicada e feminina por trás de uma personalidade forte...
O que vibra nesta mão? Como ela é? Como atua? Como sente? Como se expressa?...
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