terça-feira, 16 de outubro de 2012

Chamar as coisas pelos nomes...

Faz muito tempo que não passo por aqui... mas tenho visto passar golfinhos... 
No sul da Índia, num Ashram que desejava faz algum tempo conhecer: Amritapuri em Kerala. Uma comunidade nasceu e cresceu tomando proporções astronómicas, no meio de uma língua de floresta de coqueiros entre o mar e o rio. Tudo por causa de um Ser maravilhoso chamado Amma, que pela sua santidade atrai milhares de pessoas de todo o mundo para dentro do seu abraço. Não tenho palavras para expressar a Ela a Gratidão que sinto por tudo o que me tem dado nos últimos 4 anos. É uma experiência que só pode ser vivida e sentida. Experiência sempre muito profunda e pessoal, pois Ela nos conhece e dá a cada um aquilo que individualmente precisamos.
Poder passar 2 mêses seguidos na Sua Presença Amorosa é Pura inspiração Divina de toda a Mestria que nós também Somos, se acreditarmos que Somos mais do que aquilo que pensamos que somos. :)...
Abrindo o coração, partilhando, trabalhando, abraçando-me em Tudo... Impossível voltar igual. E não voltei. Até o nome mudou, pois recebi um novo nome, dado por Ela: Jayada. Assim passo a me chamar e a assinar minhas criações. Nunca gostei de assinar os meus trabalhos. Era como se ao faze-lo no final estivesse a colocar uma cerca à volta deles. Como se os quisesse tomar para mim. E a arte não pode ser tomada, apenas dada. A Arte é livre e como um pássaro não posso fecha-la na gaiola do meu cunho, pois não é minha, é de todos, é de Deus. Assim pensei sempre... Mas quando à uns mêses comecei a desenvolver desenho realista, algo nesta visão mudou, de alguma forma assinar começou a fazer sentido, pois era uma forma de dizer estou aqui. E Eu Sou o que Eu Sou. Assumo o compromisso da Arte em mim, do fluir do seu Espírito no meu Espírito, na minha vida, na minha mão. Não tenho vergonha de mostrar que através de mim podem nascer coisas belas. Ser mãe de muitos filhos. :) E eles são para partilhar e serão sempre livres, com ou sem assinatura... Deixaram assim de ser filhos orfãos, pois assumi minha materidade através deles :) Se calhar isto é tudo muito tonto, mas é assim que sinto...
E depois veio este nome... Um nome não tem importância alguma, importante são as nossas ações, como sentimos e como vivemos, mas um nome pode ter bastante influência ao mesmo tempo, pois é uma  vibração, uma assinatura energética que molda o nosso ADN. Sempre achei que o nome Alexandra não me servia, que os meus pais se tinham enganado. Que era demasiado comprido para o meu 1.50m de gente... Era como usar um 40 quando calço 35. Sempre fui a Xana, a Xaninha (que tenho vindo a tentar erradicar nos últimos anos sem grande sucesso)... Xaninha então... esse nome nem me deixava crescer, era um tamanho 25! Depois voltei à terra que me viu ser criança, o Brasil e lá Xana é nome de orgão sexual feminino, por isso pela 1ª vez na vida comecei a apresentar-me como Alexandra, com a vibração completa do meu nome de nascimento. E comecei a gostar mais dele, assim na versão Brasileira. Em Português soava pesado e sério, em brasileiro parecia uma carícia cantada :) Alexandra...  Rápidamente passei a ser a Ale... Mas fiz as pazes com o meu nome. Então voltei a Portugal e decidi assumir a Alexandra em modo português mesmo :). E assim tem sido desde 2007. Mas agora, na Índia, sabia que a Amma dava nomes e que podia ter ou não a oportunidade de receber um nome espiritual.
Devo confessar que gostava de receber um nome dado pela Amma, mas não estava "agarrada" a isso e aconteceu.  Por isso, apartir de agora passo a assinar Jayada e este foi o 1º desenho que recebeu este nome, cuja tradução é: "Aquele que dá a Vitória". 
Que assim seja. "Não eu, Deus em mim é a Vitória Cósmica da Luz". Agora é disto que me lembrarei sempre, quando me chamarem Jayada. Jay para os amigos e para os golfinhos de Kerala, hehehe... Vitória à Mãe Divina no coração de todos os Seres!



Golfinhos, 2012
Jayada©
(clique uma vez sobre a imagem para ver maior)