sexta-feira, 29 de abril de 2011



Pema Buda - Pintura Digital, 2011
Alexandra Carvalho©

Em gratidão. Obrigada querida Pema pelo Buda que brilha em ti. 
Amo-te mana linda.
Clica 2 xs na imagem e ela aparece com uma visualização melhor...

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Workshop de Geometria Sagrada: A Flor do Graal


Facilitadora: Alexandra Carvalho
Local: Cento Tinkuy – Colares, Sintra
Investimento: 25€ por pessoa
Contactos: muchland@gmail.com ou 91 466 1456
Inscrições já estão abertas :)
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Neste workshop vamos fazer o caminho de Parsifal* nas espirais da Flor da Vida.
Um caminho meditativo que nos leva para além da visão dualística da vida, ao reconhecimento da Trindade que permeaia Tudo e Todos.
Tirando desenhos geométricos da malha da Criação vamos fazer uma viagem de retorno ao centro do Ser, ao encontro do nosso Santo Graal pessoal, abrindo espaço para a ativação de seus dons e potenciais criativos há tanto tempo adormecidos…
*Personagem arquétipo de livros escritos na Idade Média onde Sociedades Secretas passavam de forma oculta os Verdadeiros ensinamentos de Jesus. Significado do nome Parsifal: “Aquele que atravessou o vale”. Representa todo aquele que busca, percorrendo o caminho da consciência humana à Consciência Divina.


. Introdução à história de Parsifal e seu caminho como representante da Humanidade.
. Simbologia da Flor da Vida e seus mistérios.
. A reta e o círculo como princípios de energia masculina e feminina.
. Criar e colorir mandalas pessoais a partir da vibração do campo vivo que é a malha da Flor da Vida.
. Consciência e inteligência do ADN.
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Trazer materiais: Compasso, régua (30cm a 50cm), estojo de lápis de cores e afia lápis.
Material fornecido: papel e lápis graffiti


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Inscrições aceites através de transferência bancária (só com a apresentação do comprovativo de pagamento no dia do workshop ou via e-mail) para o NIB: 0010 0000 79515030001 10 (Alexandra Carvalho)
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Morada do Tinkuy: 
Estrada do Rodízio, nº 2,  Almoçageme 2705-335 Colares  Sintra
De Sintra, Passando por Colares, em direcção à Praia Grande, depois do Cruzamento da Feirinha de Fim de Semana, a poucos metros (depois de uma Cruz) o segundo portão de madeira à direita.   

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Conversas com árvores


"White Tree", 2011
Acrílico sobre tela 80x100cm - Alexandra Carvalho©

Diz a sabedoria indígena que para falar com árvores, plantas ou mesmo pedras é necessário acumular Poder Espiritual e a habilidade de caminhar em território Sagrado.
Por Poder Espiritual entendo Amor, por habilidade de caminhar em território Sagrado entendo Respeito.
Nas palmas das nossas mãos e pés existem chacras que são extensões do nosso coração. Através dos pés podemos "ouvir" o pulsar do coração de Gaia.
Com nossas mãos podemos curar e abraçar.
Sou uma abraçadora de árvores. 
E sei que quando abraço uma árvore ela também me abraça.
E quando desenho uma árvore fico a conhece-la por dentro e a mim também, um pouco melhor...
Segundo Steiner as árvores estão ligadas às energias dos planetas, como nós os humanos. Algumas espécies tem energias lunares, outras de Marte, ou Vénus...
Na verdade as árvores tem muito de humano e nós humanos temos muito de árvores...
É muito importante estarmos bem enraizados, por exemplo, se queremos evoluir espiritualmente. Estar Aqui e Agora, aceitando, abençoando e agradecendo sempre, como as árvores. Felizes em todas as estações da vida. 
O que as árvores têm de humano, perguntam vocês... A capacidade de Amar, talvez mais do que muitos de nós humanos, pois cada árvore se Doa incondicionalmente para nos Servir e fazer Felizes sem nunca pedir nada em troca... E como somos amados...
Deixo-vos com uma história muito linda que fala disto mesmo, "A árvore generosa" de Shel Silverstein:

Obrigada Pachamama, eu te Amo.




segunda-feira, 4 de abril de 2011

Sobre a Lua da Páscoa

Alexandra Carvalho©, Luna Pascoa - Geometria Sagrada 
Aguarela + photoshop, 2011

"Físicamente, o crescente é a parte da Lua sobre a qual incidem os raios solares e a parte escura é assim porque os raios solares não chegam até ela. Do ponto de vista espiritual, é diferente: mesmo que os raios sejam reflectidos por uma parte da superfície lunar, adquirindo um brilho dourado, algo atravessa a materialidade física terrestre (correspondendo à sombra escura); trata-se do elemento espiritual que vive nos raios do Sol. Portanto, naquilo que repousa no crescente lunar contempla-se a força espiritual do Sol. Ou seja, o Espírito do Sol repousa na taça da Lua. Assim, esse símbolo evidencia fisicamente que a Lua, ao formar o cálice de brilho dourado, aparece-nos como portadora do Espírito Solar, do Cristo, e este se manifesta sob a forma de um disco semelhante à hóstia. É importante salientar ainda, a importância de a festa da Páscoa ocorrer no primeiro domingo após a lua cheia que se segue ao equinócio da primavera. Depois do equinócio, a força que emana do Sol (símbolo do Cristo) ganha em intensidade; à medida que a lua vai descendo, a taça vai-se formando cada vez mais brilhante e dourada, enquanto a parte escura, a força do Espírito Solar, aumenta.
Pela tradição antiga, algo desse Espírito Solar tinha de estar atuando na Páscoa; isso significa que no periodo Pascal qualquer pessoa pode contemplar a imagem do Santo Graal no céu". - Rudolf Steiner

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Pintar & Respirar

Alexandra Carvalho © - Pintura de capas
Aguarela sobre papel de aguarela, 2010

“A pintura e as imagens, em geral, têm uma especial relação para com as forças que partem do coração. Assim como as cores vivem entre a luz e as trevas a alma humana vive também entre a alegria e a tristeza, prazer e sofrimento. A alma pode ser comparada ao aparelho respiratório: ela somente é sã, quando respiramos harmoniosamente, quando os dois processos de inspiração e expiração se realizam com exatidão. Quando a pessoa já não consegue mais ‘respirar’ com a sua alma, vai adoecendo, principalmente nas regiões do aparelho respiratório e circulatório.” Dra. Margarethe Hauschka

Na Terapia Artística, a pintura está relacionada ao sistema rítmico (respiração e circulação) onde está a esfera dos nossos sentimentos e emoções – a vida anímica. Atuando principalmente através das cores, a pintura é a técnica que ajuda “a alma a respirar”.
Quando pintamos a alma é tocada pelas cores. Esta deve ser uma atividade que, além das indicações terapêuticas corretas, tenha também o elemento do prazer e do entusiasmo. Esse movimento anímico ativa as forças vitais, provocando uma vivificação interna e fazendo com que o sistema glandular realize melhor as suas funções. É também pela respiração rítmica que o pólo neuro-sensorial (pensar) se liga ao pólo metabólico (vontade) e dessa atividade depende muito do nosso bem-estar. Quando não há esta conexão, nos sentimos desanimados, desvitalizados, porque a respiração enfraquecida produz pouco calor para elaborar corretamente as substâncias.


O universo cromático representa de forma objetiva a alma humana. No espectro do arco-íris encontramos a totalidade: entre o claro e o escuro tem-se o caminho das cores, cada qual com o seu caráter individual, que se intensificam e se complementam de maneira harmoniosa. O amarelo é a cor mais próxima da luz, radiante e alegre. Indo um pouco em direção oposta da luz, temos o laranja, dando uma impressão maior de calor e energia. Outro passo adiante entramos no vermelho, a cor da ação, do entusiasmo. Essas são as cores de temperatura quente. Numa faixa de tempero, entre o amarelo (quente) e o azul(frio), encontramos o verde; os olhos e a alma repousam em equilíbrio. Depois vem o azul, a cor mais próxima da escuridão, tranquila, profunda e absolutamente fria. Se o amarelo nos traz alegria, o azul é o contraponto. O violeta já não é tão frio, pois é o azul misturando-se ao vermelho.

As cores constituem um elemento rítmico-respiratório na sua própria alternância entre “cores quentes” que são ativas e expansivas e as “cores frias”, passivas s e contraídas. 
O que nos dá um indício de como utilizá-las em casos de doenças consideradas “frias” como o reumatismo e o câncer, onde a terapêutica indicada é a vivência com as cores quentes. E o oposto, as doenças inflamatórias (calor excessivo) encontram equilíbrio nos verdes e azuis.

A pintura terapêutica tem como principal técnica a aquarela, que se caracteriza pela transparência, o que torna as cores mais respirantes. A aquarela possibilita também a criação de inúmeros matizes e nuances, dando à alma, através dos olhos, mais condições de vivenciar e expressar os seus conteúdos. Além de ser um material não-tóxico.

Na aquarela podemos usar o papel previamente molhado, o que estimula a fluidez, 
a espontaneidade e a coragem; a nível orgânico, estimula todos os processos de excreção. 
E é através desta técnica que as funções glandulares são mais ativadas. No papel seco, fazemos o “velado”, a pintura é elaborada em camadas: espera-se a superfície pintada secar para aplicar a próxima. Usada nas situações em que é necessário tomar distancia das emoções para trazê-las à consciência. Sendo uma técnica demorada, requer paciência. Há também situações em que precisamos da cor, mas pela característica da doença (hemorragias ou uma colite ulcerosa) não é indicado lidar com a água, usamos então o lápis de cor, de cera ou o giz pastel.

A respiração pode ser também enfatizada pela maneira como utilizamos o pincel. Pinceladas longas e ritmadas colaboram na consciência do inspirar e expirar, quando são curtas e agitadas tendem a prender a respiração.

Matéria publicada no boletim da AURORA, Associação Brasileira de Terapeutas Artísticos Antroposóficos.